De acordo com o Centro Nacional de Furacões (National Hurricane Center), o furacão Alex perdeu intensidade quando atravessava a região dos Açores, passando a tempestade tropical/subtropical e encontrando-se pelas 14:00 hora local de hoje centrado a cerca de 65 km a NNE da ilha Terceira, dirigindo-se para norte e devendo passar a depressão pós-tropical/extratropical nas próximas horas. Nestas condições, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a melhoria gradual das condições meteorológicas.
O centro do furacão ALEX acabou por passar a cerca de 20 km a leste da ilha Terceira, que foi afetada, mas pela parte menos ativa do furacão, segundo fonte do IPMA. A área com ventos mais fortes localizava-se a leste do seu centro, tendo por isso afetado com maior intensidade as ilhas do grupo Oriental. Durante a sua passagem, o vento observado não atingiu a força de furacão em terra, tendo sido apenas observados ventos médios até 70 km/h e rajadas até 110 km/h (o valor máximo foi registado em Ponta Delgada). No que respeita à precipitação, as quantidades máximas observadas atingiram apenas valores correspondentes ao nível de alerta amarelo.
Segundo o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, foram registadas 43 ocorrências no total, com maior incidência no grupo Oriental, maioritariamente relacionadas com a queda de árvores, tetos de habitações, derrocadas, e outras estruturas, não se tendo registado vítimas ou feridos. Entre operacionais do SRPCBA e elementos dos 15 Corpos de Bombeiros dos grupos Central e Oriental, estiveram em estado de prontidão e empenhados na Operação “Alex” 370 operacionais.
O agravamento do estado do tempo no arquipélago, na sequência da passagem do furacão Alex, levou ao encerramento de tribunais nas ilhas dos grupos Central e Oriental, assim como dos três polos da Universidade dos Açores (Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, e à suspensão das aulas nas escolas e de serviços municipais. O Governo Regional recomendou ainda o encerramento das creches e jardins-de-infância, tendo o presidente do executivo, Vasco Cordeiro, determinado o fecho dos serviços da administração regional para as ilhas daqueles grupos, excetuando os serviços considerados urgentes e essenciais, como hospitais, centros de saúde e serviços de proteção civil.