Segundo um novo estudo publicado na revista Earth and Planetary Science Letters, o maior vulcão do mundo localiza-se a 952 km a noroeste de Honolulu, Havai. O vulcão Pūhāhonu, já extinto e que se encontra imerso, corresponde a um vulcão em escudo e está evidenciado por dois pequenos pináculos que se erguem apenas a 52 metros acima do nível do mar, no ponto mais alto.
Os investigadores realizaram um levantamento do fundo do mar e, recorrendo a uma simulação quantitativa, determinaram que o vulcão, que tem cerca de 275 km de comprimento e 90 km de largura, tem o dobro do tamanho do vulcão Mauna Loa, considerado o maior até então.
A dimensão de Pūhāhonu está a provocar o afundamento da crosta terrestre. Michael Garcia, autor principal do estudo explica que um rápido aumento do peso da crosta provoca a sua subsidência. Quando se forma um vulcão gigante, o manto quente flui para longe do peso, permitindo que o vulcão afunde.
O nome havainao Pūhāhonu significa "superfície de tartaruga para o ar". Os pequenos pináculos acima do nível do mar também são conhecidos como "pináculos de Gardner".
O baleeiro americano Maro avistou Pūhāhonu pela primeira vez em 1820, e a tripulação de um navio russo desembarcou nele em 1828. O vulcão agora faz parte do Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea, criado em 2006.
A ilha abriga apenas uma espécie de plantas, a beldroega, mas é o habitat ideal para uma grande variedade de peixes, corais e insetos.
Um estudo de 1974 originalmente considerou Pūhāhonu como o maior vulcão da Cadeia Havaiana-Imperador, com base em dados limitados. Estudos posteriores, que examinaram o que está acima e abaixo da superfície do mar, concluíram que Mauna Loa era o maior vulcão. O estudo atual atualiza agora essa conclusão.