Desde a última semana de novembro que o vulcão Colima, popularmente conhecido como vulcão do Fuego (ou do Fogo), no México, tem estado a emitir cinzas e lava, forçando residentes locais de Colima e de aldeias próximas a deixarem as suas habitações.
Com base em imagens de satélite, webcams e dados meteorológicos, o Volcanic Ash Advisory Center (VAAC) de Washington reportou a formação, nos dias 26, 27 e 28 de novembro, de plumas de cinzas e gases que se elevaram até um máximo de 5,5 km de altitude, progredindo cerca de 75 km para oeste, 20 km para norte e 13 km para nordeste, respetivamente. As câmaras de monitorização captaram numa noite a ocorrência de quatro episódios explosivos.
Dada a localização do vulcão a cerca de 690 km a oeste da Cidade do México, o governo emitiu uma ordem de evacuação para as áreas de Colima e Jalisco, e avisou a população das cidades vizinhas para a possibilidade da queda de cinzas, aconselhando algumas medidas preventivas, tais como usar máscaras de proteção, fechar as janelas e portas, cobrir reservatórios de água e ligar as luzes dos automóveis sempre que circularem nas estradas.
O último aviso público foi emitido no dia 11 de dezembro a informar que não havia alterações significativas, mas que a atividade parecia estar mais calma nas últimas 24 horas. A atividade vulcânica explosiva do tipo vulcaniana continua, ainda que com menor frequência e magnitude. A escoada lávica entretanto formada, continua ativa na vertente sul, embora haja muito pouco avanço e menos quedas de rochas do que antes, sugerindo que pode ter ocorrido uma interrupção da fonte, ao nível do domo lávico, ou que a taxa de efusão diminuiu por agora.
Elevando-se a 3850 metros acima do nível do mar, o vulcão Colima faz parte do Complexo Vulcânico de Colima, uma importante estrutura vulcânica da Cintura Vulcânica Mexicana, e é um dos que apresenta maior perigo para todo o México e América do Norte. Desde 1585, o vulcão foi palco de mais de 30 erupções, sendo que as mais catastróficas ocorreram na década de 1990.