Os tiltímetros (instrumentos de medição de deformação vertical) instalados e monitorizados pelo Observatório Vulcanológico do Havai (HVO), registaram uma inflação no solo acompanhada por registo de tremor vulcânico, por volta das 17 horas do dia 11 de janeiro. Já no dia seguinte (12 de janeiro), por volta das 02:00 horas, registaram uma deflação gradual do solo e uma diminuição do tremor vulcânico.
Têm sido registados alguns eventos sísmicos localizados no cume do Kilauea, em que as suas profundidades variam entre os 10 e os 14 km.
Relativamente à taxa de emissão de dióxido de enxofre (SO2), esta foi medida em dois momentos distintos, durante a pausa eruptiva e durante a atividade eruptiva, nomeadamente no dia 6 de janeiro. Durante a pausa da atividade eruptiva, a taxa de emissão de SO2 era 300 ton/dia, enquanto que durante a atividade eruptiva era 3300 ton/dia.
O nível do lago de lava formado na cratera Halema’uma’u aumentou cerca de 13 metros e tem vindo a descer gradualmente desde que se verificou a deflação do sistema vulcânico, bem como a diminuição do tremor vulcânico.
Esta erupção, como foi dito anteriormente, ocorre e está circunscrita apenas ao cume do vulcão Kilauea, mas representa algum perigo para as populações e visitantes do Parque Nacional de Vulcões do Havai. As autoridades apontam como principal perigo, as grandes emissões de gases vulcânicos (vapor de água, H2O; dióxido de carbono, CO2 e dióxido de enxofre, SO2) provenientes da atividade vulcânica e dependentes da direção do vento.
O smog vulcânico, resultante da interação do dióxido de enxofre (SO2) com a atmosfera, também preocupa as autoridades, uma vez que diminui a qualidade do ar representando perigo para os humanos e para a fauna e flora daquela ilha.
Um outro dos perigos associados a esta erupção são a formação de “cabelo de Pelé” e outros fragmentos de vidro vulcânico provenientes das fontes de lava produzidas durante a erupção e que podem cair e se depositar a centenas de metros da sua origem.
A parede da caldeira Halema’uma’u apresenta perigo de colapsar, uma vez que se detetaram algumas fragilidades (fissuras e queda de rochas) que têm vindo a piorar devido à sismicidade registada naquele local.