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Comunicações orais ► em encontros nacionais

 

Referência Bibliográfica


MARQUES, R., ZÊZERE, J.L., GASPAR, J.L., AMARAL, P. (2008) - Reconstituição e modelação probabilística da escoada detrítica de Vila Franca do Campo desencadeada pelo sismo de 22 de Outubro de 1522 (S. Miguel, Açores) (Com. Oral). Geomorfologia 2008, IV Congresso Nacional de Geomorfologia. Eixo temático H – Riscos naturais, processos erosivos e dinâmica de vertentes, Braga, Portugal, 16-18 de outubro de 2018.

Resumo


No dia 22 de Outubro de 1522, ocorreu um sismo, de magnitude X na escala Macrosismica Europeia (EMS-98), com epicentro a 14 km a NW de Vila Franca do Campo. Este sismo desencadeou inúmeros movimentos de vertente por toda a ilha. O maior dos eventos, do tipo escoada detrítica, teve origem num monte sobranceiro à vila, situado a aproximadamente 1,250 km, tendo sido canalizada pela Ribeira da Mãe de Água, espraiando-se na fase terminal do seu trajecto sobre a vila e atingindo oceano. A maior parte das habitações foram soterradas, tendo perecido perto de 5000 pessoas. O estudo da escoada detrítica baseou-se na análise de documentos históricos, campanhas arqueológicas, sondagens e várias campanhas de campo, nas quais se procedeu à identificação do depósito, à sua inserção na estratigrafia do Vulcão do Fogo, bem como à sua caracterização sedimentológica. O depósito abrange uma área de aproximadamente 4,5 km2 tendo sido estimado um volume do depósito de cerca de 6,75x10m3. O depósito ocupa uma posição estratigráfica bem definida sobre os depósitos referentes à erupção pliniana do Fogo-A e da escoada piroclástica associada, provenientes do Vulcão do Fogo, datados de há cerca 5000 BP. Superiormente é truncado pelo depósito Furnas C, datado de há 1870 + 120 BP, ao qual se sobrepõe o depósito da erupção histórica de 1630 AD, ambos provenientes do Vulcão da Furnas. Ainda no âmbito deste trabalho foi utilizado um modelo de fluxo probabilístico, baseado no algoritmo de Monte-Carlo. Neste modelo a topografia tem um efeito preponderante no resultado final do fluxo modelado, sendo que a probabilidade da passagem do fluxo, em cada pixel, é directamente proporcional a diferença de cota entre cada pixel e os 8 que lhe são vizinhos. Com os resultados obtidos pelo modelo e pelo cruzamento dos resultados com a distribuição espacial dos locais estudados, foi possível comprovar a fonte da escoada detrítica que destruiu Vila Franca do Campo, bem como a existência de uma segunda escoada detrítica. O enquadramento geomorfológico da vila é hoje muito semelhante à época de 1522, e a área que actualmente possui maior densidade populacional localiza-se na zona de maior probabilidade à passagem de um fluxo semelhante ao de 1522. Os resultados obtidos deverão ser tidos em conta para um correcto ordenamento do território e planeamento de emergência.​

Observações


Anexos